No quadro “Defensorar, uma escolha para a vida” desta semana, a ADEP-MS (Associação das Defensoras e Defensores Públicos de Mato Grosso do Sul) convida a Defensora Pública aposentada Margarida Baptista dos Santos para contar um pouco da sua trajetória profissional, além de saber dela sua opinião sobre a Defensoria Pública e a Associação. Vamos conferir?

A senhora é do primeiro concurso de assistente judiciário do estado está associada da ADEP/MS até hoje. Gostaria de saber o que a inspira em se manter na ativa desde o início da associação?

Sempre esperei que a associação pudesse ser um veículo de interesses dos associados junto à administração maior e assim foi. Tenho um carinho e respeito pela Defensoria Pública que me acolheu na época em que tomei posse e fui designada para a Comarca e Naviraí e depois vim para Campo Grande. Eu sempre defendi a independência funcional e das demais prerrogativas do cargo, como a vista pessoal, o prazo em dobro, duas férias anuais, licença prêmio, licença para estudo, e outras conquistas que foram sendo aprimoradas, como as promoções por tempo de serviço e por merecimento, o direito à remoção, a paridade de cargos em relação a Magistratura, o preenchimento de cargos vagos em no máximo 30 dias da vacância, conquistas essas que só foram possíveis após a união da categoria pela criação da Associação a qual sou muito grata por tudo que têm feito pelas associadas e associados.

Aonde trabalhou antes de se tornar Defensora Pública?

Sou natural do Rio de Janeiro, lá fui Secretaria Executiva de uma grande empresa americana, depois fiz faculdade e me formei em direito. Após trabalhar por alguns anos na iniciativa privada, decidi então fazer concurso para escrivã judicial e fui designada ao Fórum de Três Lagoas, onde tinha alguns familiares residindo à época. Fiquei dois anos neste cargo e em seguida prestei o primeiro concurso para assistente judiciário de Mato Grosso do Sul, hoje denominado Defensor (a) Público (a), ao qual passei e fui assumir a vaga em Naviraí. Trabalhei por 10 anos consecutivos na carreira e hoje já me aposentei.

Qual foi a sua área de atuação quando estava na ativa?

Cível, Criminal e Trabalhista.

Que mensagem gostaria de deixar aos colegas da carreira que nesse momento ainda se encontram na ativa e que estão enfrentando questões políticas fortíssimas?

A carreira sempre enfrentou desafios, mas também nos deixa amizades para a vida toda. Precisamos ser ativos e participar das reuniões institucionais e discussões acirradas visando o progresso da instituição. Então a mensagem que eu deixo aos colegas é que sejam perseverantes e sigam em frente como fizeram os defensores da primeira turma. Foram firmes e valentes!